
Ao passar dos anos nosso corpo apresenta peculiaridades e, no que diz respeito aos idosos, as mudanças corporais são bastante expressivas, principalmente no sistema musculoesquelético, componente de grande importância para o futuro do corredor. Esse sistema, responsável pela movimentação do corpo, também sofre diversas modificações estruturais.
Uma das transformações é o famoso encolhimento na estatura e alguns idosos chegam até reclamar que estão com a altura diminuída. Isso se deve a coluna vertebral, especificamente aos discos vertebrais e seus núcleos, que ao avançar da idade vão perdendo a consistência gelatinosa (responsável por oferecer amortecimento à coluna) e tornam-se fibrosos, provocando maior compressão dos discos e redução de comprimento.
A correlação deste fenômeno durante a corrida ou alongamento (realizado por um idoso) são dores nas costas (extensão da coluna) e, quando persistentes, requer a orientação médica para constatar o problema, pois alguns exercícios de fortalecimento podem atenuar a dor. Mais um problema que remete aos componentes do idoso é a Osteoporose, caracterizado pela perda da densidade mineral óssea, aumentando a fraqueza e contribuindo para a maior ocorrência de fraturas.
Daí a importância dos exames para a confirmação do diagnóstico, sendo indispensável, em alguns casos, a reposição de cálcio. Sobre a atividade física, esportes de baixo impacto são os mais recomendados, mas a corrida não oferece riscos quando o atleta cuida das passadas e utiliza bons tênis (excelente amortecimento).
Benefícios do exercício - Por meio da força muscular conseguimos desempenhar atividades motoras da vida diária. Para o idoso, o declínio da massa muscular diminui a força e leva a uma atrofia muscular, tudo isso se dá pela falta de atividades físicas. A alternativa para evitar a perda muscular é se manter ativo, lembrando que a corrida fortalece bastante a força muscular, principalmente a de membros inferiores, embora não devemos esquecer de fortalecer os membros superiores também.
Quanto aos tecidos e articulações, vemos que ocorre menos flexibilidade nas articulações dos idosos. Tal redução se deve a pouca quantidade de água no tecido conjuntivo, o que interfere na rotina diária do paciente e o idoso passa sentir incomodo até para amarrar um cadarço ou pegar um objeto no chão.
A melhor saída é incentivarmos os idosos a irem aos parques, às ruas, a adotarem um estilo de vida saudável, demonstrando a importância de exercícios de alongamento e força, em busca de flexibilidade, que contribui tanto na caminhada, quanto corrida (melhor a amplitude da passada, melhor o rendimento nas provas). Tudo para reduzir significativamente as dores e limitações na terceira idade.